Casa Vogue

EDITORIAL

Foi no fim de 2019, depois de muita conversa, que os times editorial e comercial da Casa Vogue decidiram renovar um dos projetos mais bem-sucedidos da trajetória da revista, convertendo o tradicional Especial Decoradores, Arquitetos e Paisagistas neste charmoso Yearbook. Entre as relevantes mudanças propostas, havia ali uma que não fomos capazes de levar a cabo então: a transformação da edição mais importante do ano num verdadeiro livro, com capa dura e papel de qualidade superior, desses que a gente tem orgulho de deixar à mostra na sala de casa ou na entrada do escritório. Pois chegou a hora!

Fazer valer o book da palavra Yearbook era desejo antigo nosso, claro, mas também dos arquitetos e designers de interiores, que, ao longo das mais de três décadas de veiculação desse especial anual, sempre nos honraram com a sua participação, reconhecendo o valor de associar seus nomes ao da Casa Vogue e contar, a partir de seus próprios pontos de vista, a história dos projetos que escolhiam e escolhem mostrar aqui. Nomes do quilate de Sig Bergamin (pág. 86), Fabio Morozini (pág. 126), João Armentano (pág. 186), Carlos Rossi (pág. 196), para ficar só em algumas estrelas recorrentes.

A mera existência deste livro, viabilizado por uma gama de profissionais de diversos pontos do Brasil e pelas empresas que anunciam aqui e em nossas demais plataformas, foi capaz de encher de ânimo a turma da redação, e provocar-nos a correr atrás de pautas dignas de figurarem numa publicação com grau de permanência (ou perenidade, se preferirem) maior do que o da revista que publicamos todos os meses. E se no Yearbook a conversa sempre foi sobre repertório e referências – afinal, compilamos aqui dezenas de projetos residenciais e comerciais cujos estilos, ideias e soluções servem para instigar nossos leitores ao longo de 2023 –, o primeiro terço deste volume destaca alguns personagens a quem reservamos posições elevadas nos altares do design, da arte e da arquitetura. Pessoas, obras e legados a quem sempre retornamos em busca de inspiração e conhecimento. Ícones brasileiros, como Geraldo de Barros (1923-1998), cujo centenário celebra-se este ano e a partir da pág. 44. E ícones estrangeiros, como a previsora de tendências holandesa Li Edelkoort (pág. 50) e o arquiteto português Álvaro Siza Vieira (pág. 56), protagonistas, ao lado do diplomata André Corrêa do Lago (pág. 62) e do diretor Alberto Renault (pág. 68), de um caderno de entrevistas que só um número como este pode trazer. Cereja do bolo, ainda viajamos ao interior de Alagoas para uma imersão na Ilha do Ferro, já um dos mais importantes polos de artesanato e arte popular do país, a fim de radiografar o povoado à beira do Rio São Francisco como nenhum outro veículo fez até hoje (pág. 74).

Olhos e ouvidos podem estar cada vez mais voltados ao meio digital – vocês fazem parte dos milhões que acompanham os perfis @casavoguebrasil nas mídias sociais? –, mas sempre haverá espaço na economia de atenção de cada um para um produto impresso concebido de forma criativa e executado com excelência. É o que acreditamos ter em mãos. Boa leitura!

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2023-03-16T07:00:00.0000000Z

2023-03-16T07:00:00.0000000Z

https://casavogue.pressreader.com/article/282355453975951

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