TRAÇO GENÉTICO

O AMOR À NATUREZA, AO MAR E AO SURFE HABITA A ALMA DA FAMÍLIA MOTTA: DUAS GERAÇÕES DE DESIGNERS QUE IMPRIMEM, CADA UM À SUA MANEIRA, PROPÓSITO E PERSONALIDADE NAS PEÇAS CRIADAS NO ATELIER CARLOS MOTTA, NA ATTOM DESIGN E NA AEROFISH

NA FAMÍLIA DO DESIGNER CARLOS MOTTA, O MAR É REGENTE, OXIGÊNIO, INSPIRAÇÃO. Ainda na adolescência, ele descobriu dons e prazeres na relação íntima com a natureza e nos movimentos da contracultura. Assim, construiu uma carreira coerentemente vinculada a valores de seu estilo de vida, transmitidos de maneira orgânica aos quatro filhos – Diego, Gregorio, Layla e Max – e assimilados, é claro, cada um a seu modo. “Todos eles surfam, curtem pesca, viagens a lugares ermos, enfim, respiramos e vivemos muito isso.” Carlos chegou a cursar direito e publicidade em São Paulo, antes de se encontrar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. “Estudei em Mogi das Cruzes [no Centro Universitário Braz Cubas] e essa experiência foi um ponto de virada, porque era um ambiente rural e tinha uma marcenaria na escola, algo que me encanta desde a infância e onde eu podia passar para o tridimensional tudo o que aprendia a desenhar no plano”, relata. Já naquela época o respeito pelo meio ambiente guiava suas criações. “Sempre gostei de reutilizar matéria-prima. Ia surfar em praias isoladas, encontrava madeiras maltratadas pelo mar, pelo vento, pelas pedras, que eram a matéria orgânica mais forte que sobrava, e levava para meus projetos.” Recém-formado, em 1976 mudou-se para Santa Cruz, na Califórnia, a fim de estudar técnicas tradicionais de marcenaria com Reinhold Banek, com quem trabalhou por algum tempo, e, em seguida, montou sua oficina com ótimas ferramentas compradas em um mercado de pulgas local. Foi lá também que ele fez um curso para ser parteiro e participar do nascimento de seu primogênito, Diego. “Isso me abriu para essa coisa linda da natureza que é gerar um filho.”

“MEU NORTE É A PARA MIM, NÃO EXISTE SEM ESSES VALORES” CARLOS MOTTA

De volta ao Brasil, dois anos depois, o designer fundou, em 1978, o Atelier Carlos Motta, em um galpão alugado na Vila Madalena, em São Paulo, onde desenvolveu ao longo de décadas várias linhas de móveis de madeira de reaproveitamento e peças certificadas, com destaque para o mobiliário destinado a áreas externas e o uso de peroba-rosa adquirida em grandes demolições na cidade. “Minha criação sempre foi muito intuitiva, experimentando bastante com madeira, ferro, tecidos, vidro. Mas o meu norte é a responsabilidade ambiental e social. Para mim, não existe bom design sem esses dois valores”, pontua. No começo, ele lembra, foi difícil, porque as pessoas não entendiam esses conceitos, no entanto, observa que o cenário mudou com o passar dos anos.

Paralelamente, a vida em família acontecia com espaço e tempo reservados para as imersões no litoral. “Construí uma casinha na praia com acesso por uma escada de 150 degraus. As crianças aprenderam cedo a levar pouca coisa, buscar a simplicidade, ouvir e conviver com os caiçaras”, conta o pai.

Diego Motta, o mais velho, teve diversas vivências até virar sócio do pai na Attom Design, que, desde 2018, ocupa uma área do imóvel onde está o ateliê de Carlos. Formado em artes visuais no californiano Cabrillo College e em desenho industrial na FAAP, Diego trabalhou como fotógrafo em um jornal paulistano, foi assistente na agência DPZ e brand manager da Volcom, marca de moda surfwear, por 16 anos. “Aprendi muito no caminho, mas queria lançar meu próprio projeto, com o que gosto de vestir e ter em casa”, comenta sobre o negócio focado em roupas ecológicas, além de utilitários de madeira certificada e móveis sustentáveis, e que contempla, ainda, joias da coleção Pedras do Caminho, feitas à mão pela esposa de Carlos, a designer Sibylla Simonek, com prata reciclada e materiais coletados em jornadas ao redor do mundo. “Produzimos peças realmente corretas, longevas, com boa ergonomia e muito conforto”, destaca. No mês passado, pai e filho lançaram a coleção Mantik, inspirada na pureza natural da Serra da Mantiqueira, com oito mobiliários utilitários produzidos com madeira de reaproveitamento.

Gregorio Motta, o segundo filho, também tem seu espaço anexado ao ateliê de Carlos, desde 2004. Amante das ondas e da arte, diz com orgulho que o pai foi pioneiro no surfe brasileiro. “Ele é uma grande inf luência para mim. Moramos juntos na Califórnia em 1994 e foi muito marcante na minha vida.” Na FAAP, formou-se em desenho industrial e foi trabalhar na marcenaria de Carlos, onde passou por todos os setores, da administração à produção. Mas foi no ateliê do shaper (modelador de pranchas de surfe) japonês Akio que descobriu sua vocação. “Com ele, fiz minha primeira prancha, depois algumas para amigos e, então, percebi que podia abrir uma empresa”, relembra. Assim nasceu a Aerofish, que se destaca pelo design alternativo, funcional e por experimentações que incluem tingimentos naturais, além de inovações hidrodinâmicas. “Tive muito contato com o design caiçara, peixes e pássaros que nos ensinam sobre performance na água e no ar. É um aprendizado que vem da cultura tradicional e da observação da natureza, algo muito forte na nossa família”, conclui.

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amanhã já tem endereço em São Paulo: pense em um condomínio erguido às margens de um grande parque e pautado pela natureza — quem vive na capital sabe o quanto isso, por si só, já é um luxo. Imagine ainda que este local concentra diversas facilidades para o cotidiano de seus moradores em uma infraestrutura de ponta, isso tudo em um bairro bem localizado, próximo aos shoppings Morumbi e Cidade Jardim e à avenida Berrini. A Cyrela escolheu o Brooklin para situar seu Eden Park by Dror, empreendimento com mais de 40 mil m² fruto da parceria com a desenvolvedora Hines e a incorporadora Lavvi. Criado a partir do conceito Supernature, desenvolvido pela mente brilhante do inventor israelense Dror Benshetrit, o projeto apresenta um novo conceito de lifestyle.

Agora, após o imenso sucesso do lançamento do condomínio em 2022, essa jornada ganha um novo capítulo: as torres Casa Éden West e East by Yoo, apartamentos com verdadeira alma de casa e uma vista deslumbrante para a área verde da região. Com plantas de 166, 212 e 263 m² e até quatro dormitórios, os edifícios se integram ao complexo para proporcionar uma experiência única. Por lá, todos os âmbitos da vida acontecem no mesmo quarteirão, com a possibilidade de iniciar o dia se exercitando ao ar livre e finalizar aproveitando mais tempo com os filhos, seja na área comum, seja no interior dos apartamentos. “A gente fala de futuro pensando no bem-estar social, em que as pessoas de fato vivem com mais alegria e harmonia, sentindo-se mais próximas do que elas gostam de fazer e de quem amam”, explica o gerente geral de negócios da Cyrela, Alexandre Dentes.

As áreas comuns das torres West e East, com entrega prevista para o segundo